Como prevenir uma gravidez de risco!


“As gestações de alto risco dividem-se em dois grandes grupos: aqueles em que a mãe adoece e aqueles em que o feto tem uma doença. As principais causas de uma gravidez de risco, de causa fetal, estão relacionadas com bebés pequenos (restrição de crescimento intra-uterino) e que estão em risco de falência orgânica. São bebés que não crescem por algum motivo”, explica a Dra. Njila Amaral da Maternidade Dr. Alfredo da Costa (MAC).

Outros casos relacionam-se com o facto do bebé ter líquido amniótico a mais ou a menos. Qualquer doença que o bebé tenha (doenças do coração, doenças do rim, etc.), reflecte-se na gravidez.

“Por outro lado, algumas mulheres podem ter o colo do útero muito curto e pouco competente. Estas mulheres têm o risco de perder gravidezes consecutivamente. É uma gravidez que exige alguns cuidados, algumas técnicas cirúrgicas e alguns internamentos… Algumas grávidas têm uma placenta que está à frente da cabeça do bebé, em cima do colo do útero”, indica a Njila Amaral.

Patologias que complicam a gravidez



As mulheres diabéticas, hipertensas, com HIV ou lúpus, por exemplo, têm maior probabilidade de desenvolver uma gravidez de alto risco. Qualquer doença grave que a mulher tenha pode trazer riscos para a gravidez. Se antes de engravidar, a leitora tinha um problema médico, isso pode afectar a forma como a gravidez progride. Por vezes, são necessárias precauções especiais e a leitora poderá ter de se submeter a exames pré-natais específicos.

Por exemplo, se a leitora tem asma, saiba que ela pode piorar na gravidez, se não fizer a sua medicação habitual. Pode continuar a utilizar uma bomba inaladora para a asma mas deve ser vigiada pelo especialista que costuma acompanhar a sua doença.

Se por outro lado, é hipertensa, poderá vir a sofrer de pré-eclampsia. A sua gravidez pode ser considerada de alto risco e o médico deverá querer vigiá-la de perto. Se já sabe que é hipertensa, discuta com o seu médico assistente qual a medicação mais recomendada pois há certos medicamentos não aconselháveis durante a gravidez. É também fundamental que meça a tensão regularmente nos nove meses.

Grávidas aos 40. Risco associado?

“As mulheres com 40 anos têm um risco maior do que uma mulher com 30 porque acima dos 35 anos, a probabilidade de ter bebés com alterações dos cromossomas é maior, quer para idade materna, quer para a idade paterna. É por isso que essas mulheres têm a hipótese de realizar uma amniocentese para verificar se há ou não alterações dos cromossomas. Uma mulher com 40 anos está mais próxima do aparecimento de doenças, como a diabetes e a tensão alta”, salienta Njila Amaral.

Tradicionalmente, associam-se estas doenças às complicações da gravidez. “Uma mulher saudável aos 40 anos pode ter uma gravidez perfeitamente normal. Já uma mulher hipertensa, aos 30 anos, pode ter uma gravidez tendencialmente melhor do que se a mulher tiver 40 anos e a mesma doença… Depende muito da história clínica”, acrescenta.

Prevenir para não arriscar…

As mulheres devem fazer consultas anti-concepcionais. “Uma mulher com diabetes não deve engravidar sem ser devidamente vigiada. Deve fazer uma consulta pré-concepcional e deve estar muito controlada porque o excesso de açúcar no sangue pode provocar problemas no feto. Uma mulher hipertensa deve ajustar a medicação, de forma a estar estável para depois engravidar.

Todas nós, antes de engravidar, devíamos fazer uma consulta pré-concepcional. Queremos evitar uma mulher descompensada da sua doença que, com isto, descompense a sua gravidez e faça mal ao feto”, defende Njila Amaral. Uma mulher com HIV que não vai ao médico, pode transmitir HIV ao filho, quando, hoje em dia, há tratamentos que se podem fazer para evitar que essa transmissão dê.

Abortos espontâneos

Um aborto espontâneo é um evento infeliz para a mulher a quem aconteceu mas é considerado normal na nossa espécie. “Muitas mulheres sofrem um aborto sem se aperceberem… Quando se dão dois ou três abortos seguidos ou quando existe uma história familiar de doenças auto-imunes, há que investigar mais precocemente. Habitualmente, só se investigam causas de aborto de repetição após o terceiro aborto consecutivo”, indica Njila Amaral.

Doenças que contribuem para uma gravidez de risco

Hipertensão arterial

O tratamento da hipertensão arterial não deve ser descuidado durante a gravidez. O médico deverá prescrever uma medicação adequada que não prejudique o feto.

Diabetes

Antes do aparecimento da insulina, eram raras as mulheres diabéticas que conseguiam levar a gravidez a bom termo. As anomalias do feto continuam a ser duas ou quatro vezes mais comuns nas grávidas diabéticas, provocadas por níveis anormais de glicose no organismo. Estas mulheres devem ser vigiadas fortemente e manter uma dieta equilibrada e saudável.

Doenças cardíacas

Graças a significativas melhorias introduzidas a nível de diagnóstico e tratamento das doenças de foro cardíaco, estas mulheres tendem a ter, cada vez mais, um parto seguro, dando à luz bebés perfeitamente saudáveis. No entanto, o acompanhamento do cardiologista em multidisciplinaridade com o ginecologista é fundamental.

Asma

É o problema pulmonar mais comum durante a gravidez que, em situações extremas, pode originar um parto prematuro. Por conseguinte, deve ser tratada logo de início, no primeiro trimestre de gravidez. A maioria dos medicamentos para a asma não apresenta qualquer risco para o feto, pelo que a mulher não tem de interromper a medicação durante a gravidez. No entanto, tal situação deve ser sempre seguida pelo seu médico.

Toxicodependência

A cocaína provoca graves problemas ao feto de uma mulher consumidora e grávida. Esta droga específica estimula o sistema nervoso central e faz com que haja uma redução do fluxo sanguíneo, pelo que o feto, por vezes, não recebe oxigénio suficiente, causando o desenvolvimento anormal dos respectivos órgãos. Os bebés de mulheres dependentes em cocaína apresentam problemas a nível de comportamento e do sistema nervoso, como por exemplo, os tremores, as dificuldades de aprendizagem e a hiperactividade.

Fonte: http://familia.sapo.pt/

7 comentários

  1. ótimas dicas Alê, tenho resistência a insulina e sei que meus cuidados deverão ser em dobro...Boa semana pra vc...Beijos

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  2. alê vi que vc esta me seguindo tbem vou ti seguir !
    seu blog é lindo bjs muitas felicidades ;*

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  3. Olá,

    Blog muito pedagógico.

    Bom feriado

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  4. oi alê,você já está participando do sorteio no meu blog?bjossss

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  5. Oi ALê, obrigada querida por vir me visitar e fazer parte do meu cantinho. Bj grande.

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  6. Oi amiga!

    Te ví na Pais & Filhos de Novembro falando sobre sua depressão pós parto. Parabéns pela matéria.

    Beijos,

    Fabi

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  7. oi amigos, q bom q gostaram.

    Oi Fabi, obrigada, q bom q leu.

    bjs pra todos,
    Alê

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