Eu e a Distimia! Uma forma nada óbvia de depressão!

Faz um bom tempo que não escrevo aqui, confesso que ando sem inspiração, sem muito ânimo. Não pelo blog, mas de um modo geral. Já falei aqui sobre a minha depressão pós-parto, assunto muito comum, mas nunca falei por aqui, que fui diagnosticada com distimia. A distimia é um tipo de depressão leve, mas crônica, muitas pessoas sofrem com ela, mas poucas são diagnosticadas. Até porque muitas vezes não se acha que tem algum problema, afinal ser um pouco mal humorado, irritado, duro é meu jeito, sou assim, né?!
Eu em uma foto segurando uma carinha de emoji feliz
Não, sinto te dizer, mas não é normal ser a pessoa que leva a fama de "mau humorada", não é normal ver a vida passar e não se sentir viva, empolgada, animada. Não é normal, vc estar rodeada de pessoas que vc gosta, mas sentir como vc só estivesse de corpo presente. Não é normal sentir que vc apenas vive vendo os outros sorrirem, dar gargalhadas e vc não ter essa mesma vontade. Olhar para outras pessoas e pensar seguidamente, por que eu não?! 
Não é normal ser uma pessoa que muitos vêem como braba/séria, e vc sorri, concorda na hora, mas depois fica pensando porquê, não precisava ser tão dura. Não é normal vc amar intensamente uma pessoa, ela te decepcionar, vc perdoar, ela te magoar, e vc, depois de um tempo se sentindo decepcionada, mas culpada, e entender que não merecia, que não é compreendida, e  simplesmente romper o que eu chamo de 'a ponte da confiança', e com isso romper as emoções de um jeito, que vc se afasta, se afasta para não se sentir mais assim, não olha para trás e nunca mais consegue reconstruir essa ponte. No máximo, vc constrói uma passagenzinha com uma tranca, que vc só abre, se realmente não tiver outra escolha, mas se a pessoa passar por ali, nunca mais será como antes. 

Pois é, é um pouco do que eu senti a minha vida toda. Passei pela depressão pós-parto, tratei por mais de 4 anos, parei e uns 3 anos depois comecei a sentir sintomas, que eu achava que só tinha sentido na minha depressão. Voltei a tratar e voltei a me sentir bem, só que não ficava satisfeita com apenas "é a depressão voltando de novo", resolvi trocar de psiquiatra, ela então achou que não tinha depressão, começou a diminuir minha medicação, até que parei e fiquei só na terapia. Alguns meses depois, ela finalmente me deu o disgnóstico, eu tenho distimia!

Ela me explicou o que era e foi como se ela descrevesse a minha alma. Finalmente eu sabia o que me incomodava, o que me fez ser assim, como só eu sabia que era. Voltei a tomar antidepressivo e percebi novamente, que eu não preciso me sentir assim, nem passar pelo que passava, achando que era assim mesmo, afinal, a vida é dura menina!

Como mãe, tb é uma luta diária, pois expressar sentimentos não é algo nada fácil para quem tem distimia. Deus me deu um anjo lindo, minha Gi é puro sentimento, ela pára o que está fazendo para vir abraçar, beijar e dizer um eu te amo! "Eu te amo" é uma expressão tão leve, tão pura para ela e para mim sempre foi muito pesada. Ela, nasceu para me ensinar, que a vida não precisa ser assim, que tudo pode ser mais leve. E por ela, por mim e pelo meu marido, que tb me ensina muito sobre sentimentos, que se eu tiver que me tratar para o resto da vida não vejo o menor problema nisso.

Porque é normal vc querer sorrir sem motivo, é normal vc acordar de bom humor, é normal vc passar por decepções, é normal expressar seus sentimentos, é normal se sentir viva!

Se vc leu meu relato e se identificou de algum jeito, pense se é algo que incomoda vc, se é algo que deixa tudo mais complicado. Se a resposta for sim, procure ajuda, procure se entender melhor, a vida não precisa ser tão cinza!

Para quem quiser saber mais sobre a Distimia, deixo alguns links:
Distimia: o que é, quais os sintomas,...
Distimia: uma forma mesmo óbvia de depressão

bj,

Alê Nunes
Blog Da Fertilidade à Maternidade

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6 comentários

  1. Puxa vida Ale, que coisa! Acho que conheço alguem assim... Obrigada por compartilhar e bom tratamento prá você!Um beijo!

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  2. Obrigado por compartilhar estas informações, fazem muita diferença quando já se esta cansado de ouvir a mesma coisa dos médicos. É preciso não desistir de buscar ajuda.

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  3. Que coragem de contar de um questão tão pessoal!
    Não sabia que existia distimia.
    Acho que não tenho isso não.
    Já fui de acordar reclamando, mas quando passei a pensar "eu acordei e isso já é motivo de ficar feliz" comecei a dar bom dia feliz da vida.

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  4. Que lindo relato, Ale! Eu nunca tinha ouvido falar em distimia. Obrigada por compartilhar!

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  5. Alê,
    Com este seu texto com certeza irás ajudar muitas pessoas. Eu mesma nunca tinha ouvido falar em distimia. E tenho certeza de que muita gente também não

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