Mamãe e papai também namoram!


É noite. Um casal feliz está no início de um momento super-romântico. De repente, o clima é totalmente cortado por um ou mais personagens simpáticos, e inconvenientes naquele momento: os filhos. Esta é uma situação que anúncios televisivos e filmes usam bastante por um motivo simples, ela acontece demais! Mas, segundo especialistas, não precisa ser assim.

"Cabe aos pais, e especialmente à mãe, se colocar e mostrar às crianças com carinho e firmeza que o papai e mamãe também são um casal e pessoas independentes dos filhos", ensina o psicólogo João Carlos Borsatto, especializado em atendimento a crianças e adolescentes.


Muitas mães, porém, sentem-se culpadas por trocar um pouco o papel de mãe pelo de mulher, e os filhos percebem esta culpa e passam a responder a ela, fazendo birra ou tendo ataques de raiva. Se a mãe e o pai consideram este processo normal, os filhos também vão aceitar bem mais facilmente , garante Borsatto.


Para o terapeuta, a palavra-chave é parentalidade. Filhos seguem o exemplo dos pais. Só que eles copiam os fatos, as atitudes, muito mais do que as palavras. Se você fala que está tudo bem ficar com a babá enquanto papai e mamãe vão ao cinema, mas age com aflição, preocupação e ansiedade, a criança vai agir de acordo com o que sua linguagem corporal e emoções transmitem, mesmo que verbalmente você esteja dizendo o oposto.

Portanto, a primeira pessoa que precisa se convencer de que ser mulher, além de mãe e profissional, só traz benefícios para você e seu filho.Veja agora algumas dicas de como acostumar os pimpolhos a ver você e seu companheiro também como um casal e passe um dia dos namorados sem culpas. O casamento agradece!

Para crianças até 8 anos
A partir de um ano a criança já tem todas as condições de entender que, assim como ela brinca na escolinha ou creche com os amiguinhos, a mãe também tem um tempo só para ela onde faz coisas com os amigos ou com o pai. Mostre a ele como é legal dormizr sozinho. Mas existem alguns truques para facilitar o processo:

1. Não faça drama quando for sair. Nada de passar um milhão de recomendações e avisos, despedir-se como se você fosse para o Himalaia quando vai só jantar no restaurante. Diga tchau casualmente e passe segurança e firmeza na situação.

2. Não suborne a criança. Nada de prometer brinquedos e doces na volta, senão você passa a mensagem de que sair com o papai é ruim e merece uma compensação depois. Em contrapartida, divida a experiência com seu filho (se já tiver idade para entender) quando voltar. Conte um pouco do filme, das comidas do restaurante ou da festa, em termos que a criança entenda. A idéia é que ela se sinta parte integrante da vida da mãe mesmo quando não está junto.

3. Não ceda à manha. Ataques de raiva, choro e drama precisam ser cortados pela raiz. Não se irrite nem se sinta culpada. O ideal é não dar tanta importância à manha, mas nunca deixar de corrigir o comportamento. Diga para a criança parar com firmeza, mas sem gritar ou perder o controle. Avise que se ela não parar ela terá de ir para o quarto até que se acalme, pois este tipo de comportamento não será aceito na família.

Se ela continuar, cumpra o prometido e deixe a criança no quarto por 5 minutos, sozinha. Não dê sermão nem brigue. Passado o tempo, abra a porta e pergunte se ela já se acalmou e está pronta para conversar e interagir com a família. Se estiver, trate-a normalmente, se não, repita o procedimento. Quando ela se comportar bem, mostre que percebeu, elogie bastante e faça um agradinho, que pode ser um presentinho desde que não vire uma troca.

4. Arrume coisas que a criança adore fazer sempre que você for sair. Passeios bacanas com a babá e brincadeiras e brinquedos especiais na casa dos avós, por exemplo, vão ajudar a criança a fazer a associação entre a sua saída e um período agradável, fazendo com que ela aceite bem o seu tempo particular.

5. Socialize a criança. Ter amiguinhos para brincar, passear com um adulto na rua, conhecer os barulhos e situações de diversos lugares são ótimos estímulos para o desenvolvimento da criança e evitam que ela fique medrosa, ajudando-a a adaptar-se a novas situações com mais facilidade.
Para crianças a partir dos 9 anos

Nesta idade, o ideal é que a criança já tenha sido acostumada a ver os pais tendo vida própria e aceitando naturalmente que eles ajam como qualquer casal de filme, saindo juntos de vez em quando e recebendo amigos. Contudo, se ainda houver alguma resistência, é possível amenizar a situação de algumas formas:

1. Conte histórias do seu passado. É importante que a criança e o pré-adolescente tomem consciência de que a mãe (e o pai) também já tiveram sua idade, foram adolescentes, namoraram, sonharam e viveram aventuras. Ajuda a quebrar um pouco aquela imagem de que mãe sempre foi mãe e cria uma empatia maior com a vontade da mãe de namorar o pai um pouco.

2. Divida sua vontade de fazer algumas coisas só. Usando uma linguagem apropriada para a idade do filho, conte que está com saudades de ir a um determinado lugar com o pai e peça para a criança ajudá-la a marcar uma data. A idéia é que ela não se sinta posta de lado mas que entenda que o evento vai acontecer de qualquer maneira e que ela tem a opção de participar de alguma forma

3. Estimule a independência. Aponte exemplos bons e ruins no cinema e na TV, comente o que acha do comportamento de outras pessoas neste sentido, mostrando sempre que independência e responsabilidade são características desejáveis. Só não caia no tom professoral, ou o tiro pode sair pela culatra. Comente coisas como você acredita que minha amiga tal não consegue sair de casa sem que o filho tenha um ataque e dê o maior vexame?

4. Respeite a independência do seu filho. Não dá para você esperar que seu filho aceite sua saída com o pai numa boa se você não o deixa brincar no playground do prédio por 10 minutos com o amiguinho. Se ele quiser algo proibido ou perigoso, explique sempre por que não pode e dê alternativas.

5. Não se esqueça de que também é mulher! Ser mãe é ótimo, mas você é muito mais, não esconda suas outras facetas. Ao contrário, assuma seu lado vaidoso, profissional, atleta ou o que mais quiser com orgulho e ensine seus filhos a orgulharem-se também. Eles só têm a ganhar!

Fonte: Yahoo Minha Vida

Um comentário

  1. É realmente é complicado, sou madrasta e não mãe ainda...Mas passo constantemente por esta situação, quando a minha querida enteada, está conosco!! entendo muito bem esta situação, bem até por d+!!

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