A Depressão Pós-Parto!

É com enorme prazer que escrevo para "Da Fertilidade á Maternidade" falando sobre um problema que acontece com muitas mulheres: a depressão pós-parto.

Os sintomas da depressão pós-parto variam dependendo da maneira e intensidade que se manifestam, o tipo de personalidade da futura mamãe, sua história de vida, juntamente com as mudanças bioquímicas que acontecem após o parto.

Deve-se considerar, que há uma mistura de emoções ligadas á passagem da situação de espera do final da gestação para a nova realidade. Nesta nova realidade está presente à satisfação da maternidade, com ela a responsabilidade de assumir novas tarefas e a limitação de algumas atividades anteriores, estes fatores podem ser estopins para uma crise depressiva.
A depressão pós-parto pode ocorrer em seguida, ou seja, dias, semanas seguintes, ou até mesmo alguns meses após o parto.

É possível uma mulher, após ter passado por episódios de depressão na sua história de vida ter outra crise depressiva durante a gestação e no pós-parto.

Os sintomas mais comuns que sinalizam um estado depressivo são:

Tristeza
A mãe deprimida perde o interesse pelos cuidados para com o recém chegado bebê. Pelo programa de televisão que gostava de ver, pelas leituras que lhe davam prazer, pela profissão . Às vezes, essa tristeza pode vir acompanhada por choros constantes.

Sonolência 
A falta de energia durante o dia inteiro, o desinteresse pelo marido, o desejo sexual que não retorna e as alterações do apetite para mais e para menos. Algumas ficam famintas e comem muito. Outras nem podem chegar perto dos alimentos.

Ansiedade 
A mulher tem ataques de pânico sem ser portadora desse transtorno ou pode desenvolver comportamentos obsessivos em relação à criança como agasalhá-la demais ou verificar a cada instante se ela está respirando.

Uma gravidez indesejada, não aceita, problemas no relacionamento com a família, pai do bebê, trabalho, doenças gestacionais e malformação ou problemas de saúde do bebê quanto da mãe favorecem também estes episódios citados.

O apoio e a participação do parceiro-pai do bebê é fundamental bem como das pessoas que rodeiam essa mãe.

É primordial oferecer carinho, cuidado e incentivo para que ela sinta-se amparada e segura para buscar ajuda profissional para que consiga continuar a cuidar do seu bebê, ou até mesmo para que ela receba suporte de alguém próximo para cuidar do seu bebê neste momento. A depressão não tratada devidamente poderá se arrastar por longos períodos gerando complicações sérias e sofrimento para todos os envolvidos especialmente a mãe /bebê.

A boa saúde física e mental da mãe é fundamental para o seu bebê sentir-se seguro, confiante e poder desenvolver-se. Uma mãe depressiva nesta fase gera um grande impacto no comportamento e intelecto desse bebê/ criança. A criança que tem a mãe depressiva tem maiores chances de desenvolver alterações emocionais, uma depressão, por exemplo, assim como a mãe futuramente. Uma conversa franca com um profissional que oriente quanto às questões ligadas a depressão pós-parto, evita o agravamento deste problema por parte da mãe e por conseqüência do seu pequeno bebê. 

A Psicologia da Gestante tem como propósito permitir que a gestante possa falar das suas dúvidas, ansiedades, medos entre tantas outras vivências emocionais de sua gravidez e puerpério. Compartilhar essas vivências favorece a adaptação às mudanças que já estão ocorrendo neste período e também às mudanças posteriores ao nascimento do bebê.

Trata-se de um trabalho preventivo de problemas emocionais como a depressão, se tiver início junto com o acompanhamento médico pré-natal e/ou de suporte ante a crise, no caso da depressão pós-parto já instalada. 

Aubrey Rodrigues
Psicóloga Clínica
http://aubreypsicologa.wix.com/psicoabc 

P.S.: Gostou do post, então compartilha :), mas se for copiar cite a fonte, com link e a autora. É mais justo com quem pesquisa e escreve sobre o assunto para tentar ajudar. Obrigada, Alê

* As informações disponíveis são meramente informativas, os comentários respostas são informações leigas e não substituem a Consulta Médica!

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