Hoje no Conte sua História, recebemos uma história de muita luta da Francine, uma de nossos leitoras aqui do blog, que foi tentante por 11 anos, venceu a síndrome de ovários policísticos, o hipotiroidismo, a hipertensão, o lúpus, a oligospermia do marido, várias perdas e mais algumas complicações. Mas hoje ela está aqui contando tudo isso, até a melhor parte, a chegada da sua princesinha. Vale conhecer essa trajetória! Alê
"Bom meu nome é Francine tenho 35 anos e por 11 anos fui tentante. No começo, logo que conheci meu marido o desejo de engravidar tomou conta de mim, pois senti que aquele era o homem da minha vida, mas nem tudo é como planejamos, durante um ano de casada tinha esperança de que logo estaria exibindo minha barriga, mas só que não, dois anos e nada então resolvi procurar um médico porque pressenti que algo estava errado.
O médico pediu alguns exames e com isso descobri que tinha SOP (ovários policísticos), até aí tudo bem, porque o médico me garantiu que com indutor de ovulação eu conseguiria. Bem, mais um ano se passou e nada, mais exames e outra descoberta hipotireoidismo, começava a se complicar a busca pela gravidez, mas quando se tem um sonho vamos até o fim.
Como a gravidez em três anos não aconteceu, o médico resolveu me encaminhar para Curitiba, onde tem um centro de infertilidade, fiquei toda feliz e empolgada agora ia conseguir, mas antes o médico pediu um espermograma para meu marido, que, para nosso desespero, deu oligospermia grave e o diagnóstico foi que jamais conseguiríamos sem inseminação. Então bateu o desespero, porque jamais teria dinheiro para pagar, mas tinha uma esperança no fim do túnel, que era a consulta em Curitiba. Infelizmente não foi como pensei, me colocaram numa fila de espera que durou 4 anos para ser chamada.
Nesse meio tempo uma conhecida minha havia ganhado o 8o filho lindo, e como ela gostava muito de sair e beber, numa noite fria e chuvosa por volta das 11 hrs escutei ela me chamar, corri atender achei que fosse alguma coisa, me deparei com ela e o bebê no carrinho com 17 dias, ela me perguntou se eu ficava com ele, claro que eu disse que sim. Ela me disse amanhã venho buscar, meninas ele estava todo sujo, molhado de cerveja, todo assado até atrás das orelhas, a sorte que minha cunhada havia acabado de ganhar bebê e tinha muitas coisas então demos um banho nele e coloquei uma roupinha quentinha. Os dias foram se passando e nada dela ir busca-lo, e o meu amor por ele só crescia, Johan o nome dele, para resumir cuidei dele por 2 anos até que um dia, de forma bruta, o conselho tirou ele de mim e devolveu aquela que eles diziam ser a mãe.
Sofri muito entrei em depressão e quase morri, não só eu como meu marido que buscava forças para me ajudar, mas também se encontrava visivelmente abalado, através desse sofrimento minha cunhada me convidou para conhecermos a igreja que ela frequentava, resolvi ir conhecer chegando lá fui recebida pela missionária mulher do pastor eu estava chorando e muito abalada, contei tudo e surgia aí uma promessa de termos nosso próprio bebê, mas como estava muito triste não levei muito em consideração, e assim seguia, até que um dia depois de 4 anos na fila de espera, fomos chamados para a consulta em Curitiba fiquei toda feliz e esperançosa, mas a decepção ao chegar lá foi horrível. O médico me examinou, pediu um monte de exames e me disse que eu estava com pressão alta, diabetes, hipotireoidismo, lúpus e ovários policísticos, disse que me colocaria numa fila de espera até eu conseguir controlar essas doenças todas. Sai de lá chorando, meu Deus nunca seria mãe?! O tempo foi passando e eu continuava na igreja até que mudou de pastor e surgia aí a segunda promessa essa com data e tudo, o pastor falou que eu engravidaram até junho estávamos em março de 2013. Por algum motivo acreditei nele e recebi a promessa com toda minha alma, passado alguns dias eu estava lavando roupa e comecei a sentir fortes tonturas, então me lembrei que estava há 48 dias sem menstruação, resolvi ligar na farmácia e pedir um teste que pra minha surpresa deu positivo, meu coração acelerou não sabia se ria ou chorava, liguei pro meu marido e contei no outro dia lá estava eu fazendo o de sangue com o coração na mão. Realmente era positivo!
Em 10 anos ali estava eu com meu tão sonhado positivo, corri para marcar uma consulta e por se tratar de alto risco consegui para o mesmo dia, o médico me examinou disse que estava tudo bem, pediu os exames de rotina e uma ultra e me mandou embora e eu, lógico, sai me sentindo, estava grávida! Mas minha alegria começava a se desfazer na manhã seguinte quando acordei com fortes cólicas e sangramento, corremos para o hospital e como era fim de semana, o médico de plantão me disse que não havia muito que pudesse ser feito por mim, há não ser uma transvaginal no consultório dele particular, mas eu não tinha nem um tostão, então ele me passou buscopan e me mandou embora. Em casa deitei bem encolhida na tentativa de manter meu bebê dentro de mim, passei a noite com muita dor, pela manhã meu marido ligou pro médico que disse pra eu ir urgente ao consultório dele fazer a trans, apreensiva eu olhava a tela, mas já sabia, e, de repente ouço, não tem mais nada aqui, vou te dar uma carta e amanhã você vai até o hospital para tirar os restos.
Meu mundo caiu, queria morrer, como assim meu bebê não estava mais ali, passei a noite chorando e pela manhã fui internada e induziram para sair o resto. Depois de 3 dias internada voltei para casa arrasada e sem meu bebê, fiquei muitos dias abatida e pensando porque comigo, foi aí que descobri que havia muitas igual a mim, muitas que também eram mães de anjo. O tempo ia se passando, e a revolta e a tristeza tomavam conta do meu coração, eu orava e pergunta "Mas e a promessa? o Senhor me prometeu um bebê?"
Um dia enjôos indicavam que poderia estar grávida, pensei aí meu Deus será? Novamente corri e comprei um teste que deu positivo na hora, então fui menos eufórico comprei um par de sapatinho e fiz uma cartinha com o teste e entreguei ao maridão, que não sabia o que fazia de tanta emoção. Esperei uns dias e fui fazer o de sangue que, para minha surpresa, deu negativo, mas como assim, fui na farmácia e comprei mas sete, isso mesmo, sete exames que deram todos positivos. Voltei a outro laboratório e expliquei o caso e eles fizeram outro exame que claro deu positivo, então comecei o pré natal, e a mesma burocracia de sempre. Numa noite meu marido saiu para auto escola e eu resolvi fazer uma ultra de surpresa pra ele, agende e fui, deitei lá e o médico fuça daqui, fuça dali e o médico quieto até que perguntei se tinha algo errado, ele me disse que sim, que minha gravidez não era normal, que era uma tal de doença trofoblástica, me disse para procurar meu médico urgente, sai de lá desesperada quase fui atropelada. Liguei pro meu marido em prantos, no outro dia lá estava eu ouvindo barbaridades do tipo você vai ter que tirar o útero, nossa pensem como eu me senti, meu médico me encaminhou para outro médico especialista que conversou comigo e me pediu para esperar 10 dias para repetir a trans.
Nesses dias quase surtei e pesquisando descobri que essa doença é horrível, é como se fosse um câncer. No dia da trans estava muito nervosa o médico pediu pra que eu entrasse sozinha, meu marido ficou na sala ao lado orando. Deitei ali e depois de um tempo ele me disse que infelizmente teria que confirmar a doença, comecei a chorar e fui me levantar quando ele falou deixa eu fazer por cima, porque teu útero está muito fundo, só colocou o aparelho na minha barriga e eu pude ouvir o som mais lindo as batidas do coração do meu bebê. O médico ficou tão emocionado, que falava chama o pai tem bebê, você está grávida sim, nossa gente nem sei como explicar o que senti, eu estava com 6 semanas e 5 dias, tudo perfeito.
Então na consulta de rotina, a médica do alto risco resolveu me pedir outra ultra pra ver como estava o bebê, passado uma semana fui e pra minha tristeza meu bebê havia morrido há uma semana na minha barriga eu tinha tido um aborto retido, meu Deus quase enlouqueci fui internada na mesma hora pra induzir o aborto, sofri feito uma condenada pra conseguir e perder o bebê. Fiquei 4 dias internada e ainda vi meu bebê sair tudo na minha mão, com isso perdi a fé entrei numa depressão profunda e me separei, não conseguia aceitar.
Fiquei um mês separada, emagreci 6 kgs e, por sorte, resolvemos voltar. Comecei a superar, aceitar a perda do meu anjinho e realmente descansei no Senhor. Voltei pra igreja e decidi que o que tivesse que ser seria, no dia 25 de junho de 2014 dobrei os meus joelhos e conversei com Deus, pedi que se não fosse da vontade Dele que tirasse do meu coração aquela dor, porque já não aguentava mais. Minha monstra (menstruação) era para vir dia 5 de julho e no dia 6 comprei um teste, um cartão e um sapatinho, mas o exame deu negativo. Então entendi que talvez não era pra ser. Guardei as coisas e relaxei, e, no dia 12 de julho, era jogo do Brasil meu marido veio mais cedo para casa. Eu lembrei que a monstra não tinha descido, fui e comprei um teste que deu positivo, comecei a gritar "amor estou grávida!".
Tudo de novo, exames e pré natal, graças a Deus tudo certo, o médico já entrou com medicações para segurar o bebê, tudo corria bem até que amanheci com sangramento, liguei pro meu esposo que veio correndo e fomos ao hospital, fiz uma ultra que constou descolamento do saco gestacional em 25 % e saco vazio, lá veio outra bomba novamente o médico me passou remédios para segurar e repetir com 7 dias para ver se o bebê ia se formar ou não. O sangramento e os coágulos enormes indicavam que eu havia perdido, mas meu coração dizia que não, esperei 10 dias sangrando muito e quando fui fazer a ultra estava lá minha lindeza, com 9 semanas, mexendo muito, o médico me parabenizou e se emocionou, pois sabia da minha luta.
Com 16 semanas descobrimos que esperávamos uma princesa Maria Vitória, com 24 semanas minha diabete começou a subir, insulina 3 vezes ao dia e 7 picadas no dedo ao dia para tentar baixar, mas não baixou. Com 37 semanas levei um susto e precisei ficar internada a diabete e a pressão estavam muito altas, 7 dias internada e com 39 semanas, às 2:05 da tarde, nascia de parto cesárea a minha princesa. Nesse dia ouvi o tão esperado choro, pude ver seu lindo rostinho e dizer até que enfim!
Venci o hipotireoidismo, a diabetes, a pressão alta, o lúpus, os ovários policísticos, os médicos que me disseram que era impossível e principalmente a falta de fé. Por isso, digo a todas as lindas tentantes: Nunca desistam de seus sonhos, mesmo que o mundo diga não, a última palavra vem Dele, vem do céu, vem de Deus e Ele é fiel!
Desculpem a carta, mas é que queria contar tudo e boa sorte a todas, um bjo meu e da minha princesa.
Francine
Blog Da Fertilidade à Maternidade
P.S.: Gostou do post, então compartilha :), mas se for copiar cite a fonte, com link e a autora. É mais justo com quem pesquisa e escreve sobre o assunto para tentar ajudar. Obrigada, Alê
* As informações disponíveis são meramente informativas, os comentários respostas são informações leigas e não substituem a Consulta Médica!
Nossa q luta amiga, parabens guerreira é assim passa pelo q tiver q passar, e claro nossa Fé nossa Forças Deus na frente,nunca podemos perder a Fé, Deus nunca nos abandona fico feliz por vc Francine Guerreira.Tem algum contato que eu possa falar direto com vc, tirar duvida que tenho certeza q ira me ajudar tb
ResponderExcluirLinda sua história, um exemplo pra mim, me deu esperança, pois minha luta já dura 8 anos, infelizmente com perda tbém. Mas é isso ai, tem q ter calma e fé em Deus...
ResponderExcluirTenho um blog com mensagens de apoio às tentantes. Dê uma olhada lá, talvez possa te ajudar...
Excluirwww.contecomigoviu.com
Linda sua história, Quando Deus promete ele cumpre, com certeza essa menina sera uma bencao na obra de Deus
ResponderExcluirParabéns, você é uma guerreira. Chorei muito com a sua história!
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