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Então, nada melhor que ler a opinião de uma especialista sobre esse assunto:
"Infelizmente, a violência sexual contra crianças existe e é mais presente do que, muitas vezes, imaginamos. Aqui no Brasil os índices de violência contra a criança são alarmantes e, muito provavelmente, subnotificados, ou seja, muitas situações de violência sexual contra crianças não chegam a ser notificadas/denunciadas. Assim, as crianças continuam a passar por essa violência durante anos...
Acredito que os adultos têm o dever de procurar informações sobre o que é a violência sexual na infância, bem como dialogar com as crianças sobre esse assunto, a fim de protegê-las. Ao contrário do que muitos pensam, é possível prevenir a violência sexual. Isso se dá por meio da educação sexual, ou seja, todo o diálogo sobre sexualidade e violência são fontes de proteção para a criança.
No que diz respeito à prevenção da violência sexual, o objetivo é ensinar a criança a discernir uma situação de ameaça/violência, bem como ensiná-la em quais adultos ela pode confiar para contar o ocorrido. E, principalmente, que ela sempre pode revelar tais situações de ameaça/violência, por mais que lhe digam o contrário.
É importante deixar claro que pensar em uma criança que sabe se proteger não significa que ela seja responsável pela sua própria proteção. É dever dos adultos o cuidado e a atenção à infância, porém muitos estudos indicam que quanto mais bem informada, menos vulnerável a criança está. Isso porque os autores da violência sexual escolhem crianças mais tímidas e desinformadas sobre assuntos relacionados à sexualidade, assim o segredo que ele lhe impõe fica mais difícil de ser revelado.
As conversas sobre sexualidade e violência sexual devem ocorrer de forma acolhedora, de modo que a criança se sinta confortável para expor as suas dúvidas e curiosidades sobre o assunto. Desta forma, não há a necessidade de deixar a criança com medo dos adultos que a rodeiam ou ansiosa sobre o assunto.
Assim, pesquisadoras vinculadas a universidades públicas, criaram o livro “SEM MAIS SEGREDO: JUJU, UMA MENINA CORAJOSA”, que pretende ensinar para as crianças que:
- Ela pode, e deve, dizer “não” com firmeza em uma situação que não se sinta confortável.
- Existem motivos pertinentes para que lhe toquem, como situações de higiene e saúde.
- Ela conhece adultos que irão protegê-la e que são de sua confiança.
- Existem segredos bons e segredos ruins, quando este lhe faz mal é preciso que ela não o guarde.
- Ela não deve esconder de ninguém situações indesejadas!
Imagem: Reprodução da Capa |
Essa é a historia de Juju, uma menina de 6 anos, que é muito alegre e adora compartilhar bons momentos com seus amigos e familiares. No entanto, depois que alguns fatos estranhos e diferentes aconteceram, Juju ficou retraída, triste e passou a guardar um segredo. Na escola em uma conversa com a professora e seus colegas de turma sobre segredos, Juju, de modo corajoso, enfrenta os seus medos e aprende que não deve guardar um segredo que lhe faz mal.
O livro visa ajudar os adultos no diálogo com crianças pequenas sobre a violência sexual, ensinando-as a reconhecer uma situação de violência, bem como a romper com esse segredo que lhe faz mal.
É possível encontrar o livro nos seguintes sites:
- Livraria Cultura: http://www.livrariacultura.com.br/p/sem-mais-segredo-46098482
- Editora Multifoco: http://editoramultifoco.com.br/loja/product/sem-mais-segredo-juju-uma-menina-muito-corajosa/
- Livraria da Travessa: http://www.travessa.com.br/sem-mais-segredo-juju-uma-menina-muito-corajosa/artigo/92839dc8-4066-4423-814e-b44be703fe66
Raquel Baptista Spaziani
Doutoranda em Educação Escolar pela Faculdade de Ciências e Letras - Unesp - Campus de Araraquara e Mestre em Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem da Faculdade de Ciências - Unesp - Campus de Bauru."
Esclareço que esse não é post patrocinado e também não tive nenhum benefício comercial, a ideia foi realmente ajudar no projeto de prevenção contra a violência sexual às crianças.
Alê Nunes
Blog Da Fertilidade à Maternidade
P.S.: Gostou do post, então compartilha :), mas se for copiar cite a fonte, com link e a autora. É mais justo com quem pesquisa e escreve sobre o assunto para tentar ajudar. Obrigada, Alê
* As informações disponíveis são meramente informativas, os comentários respostas são informações leigas e não substituem a Consulta Médica!
Que show! Uma ferramenta e tanto para ajudar no diálogo com os pequenos! Muitos se beneficiarão!
ResponderExcluirGostei muito do Post, é um assunto sério mas que pouquíssimas pessoas abordam.
ResponderExcluirÓtimo post Alê! Assunto super preocupante. Infelizmente acontecem muitos casos de violência e abuso. Sempre irei alertar meu filho que se falarem para ele: não conta isso para papai ou mamãe ele deve nos contar, porque essa pessoa não tem boa intenção. Ótima dica do livro! Compartilhei!
ResponderExcluirÓtimas dicas e observações! Diálogo é tudo é nada melhor que prevenir educando! Vou providenciar o livro é no momento certo será muito usado.
ResponderExcluirMuito importante essas dicas! Esse tipo de violência ocorre com frequência e as crianças não sabem se defender! :(
ResponderExcluirAssunto super sério e pouco dialogado. Parabéns por trazer informações como essas, precisamos estar atentas ao que acontece e orientar nossos filhos.
ResponderExcluirAdorei mesmo o post! Meu filho tem 5 anos e vou comprar esse livro para ler para ele
ResponderExcluirÓtima dica bjos
Adorei o post .. Realmente é um assunto que não gostamos mais é muito importante falarmos e termos informações sobre o assunto
ResponderExcluirBjs Mi Gobbato - Espaço das Mamães
Nossa esse é um assunto que tirá meu sono! Adorei o post e a dica do livro!
ResponderExcluirBjos mila
Amei o post... Vou comprar o livro.. Bjus
ResponderExcluirAdorei o post Ale , muitas pessoas não falam do assunto.
ResponderExcluirPor mim ter que ser abordado na mídia, na escola, na vizinhança e em qualquer lugar.
Pois é muito importante.
Bjs
Mari
vamosmamaes.blogspot. com.br
Ótimo post ;) parabéns!!!!
ResponderExcluirParabéns pelo post. A violência sexual contra crianças precisa ser debatida e combatida.
ResponderExcluirbeijos
Chris