É normal uma criança pequena sentir medo. O nervosismo é um
sentimento natural que nos ajuda a lidar com novas experiências e nos proteger
do perigo. Isso faz parte do desenvolvimento infantil, mas a criança precisa se
sentir amparada quando esse sentimento vem à tona. Sendo assim, é importante
que os pais respeitem e busquem entender os medos que seus filhos têm. Os medos
são inevitáveis, mas controláveis se a criança conta com a confiança e a ajuda
dos pais e responsáveis.
Mas o que causa medo nas crianças? Abaixo alguns dos temores
mais comuns para cada faixa etária:
ATÉ 7 MESES
De barulhos inesperados e luzes fortes.
- Para ajudar: evite expor a criança a
qualquer estímulo intenso. Se não for possível, faça de maneira suave e
verifique como ela reage.
DE 7 MESES A 1 ANO E MEIO
De pessoas, ambientes e objetos novos; de perder os pais, pois acham que
pessoas desaparecem quando não estão ao alcance de seus olhos.
- Para ajudar: o pai, a mãe ou o
cuidador devem estar presentes quando o bebê for exposto a situações novas.
DE 1 ANO E MEIO A 3 ANOS
Do escuro, de pessoas com máscaras ou fantasias, de ficar sozinho.
- Para ajudar: ao encontrar alguém
fantasiado, aproxime-se devagar e mostre que é apenas uma roupa diferente. Se
ele não gostar, não force.
DE 3 A 5 ANOS
De monstros, fantasmas, da escuridão, de animais, chuva, trovão, de se perder.
- Para ajudar: respeite a criança,
permitindo que se expresse, e explique que nada lhe acontecerá de mal. Quanto
ao medo de se perder, faça-a decorar o nome inteiro e o telefone de casa e a
ensine a pedir ajuda. Ela se sentirá mais segura.
A PARTIR DOS 5 ANOS
De ser deixado na escola, de bandido, de personagens de terror.
- Para ajudar: insegurança melhora com
diálogo. Se o medo for de bandido, reforce, por exemplo, a importância de ficar
perto de adultos conhecidos. Para a criança se sentir segura, diga que alguém
sempre estará cuidando dela na escola.
A PARTIR DOS 6 ANOS
Da própria morte e da dos pais, pois já a entende como algo irreversível; de
ser criticado.
- Para ajudar: se houver perguntas
sobre morte, não invente histórias absurdas, diga a verdade de forma delicada.
E quanto às críticas: explique que elas nos ajudam a melhorar.
Mais
algumas dicas:
Se seu filho tem medo de escuro,
coloque um abajur no quarto dele ou deixe uma luzinha acesa à noite. Também
experimente lhe dar um "guarda" para protegê-lo (como um bichinho de
pelúcia de que ele goste), borrife o quarto com um spray
"antimonstro" (um spray com água, mesmo) ou pronuncie frases mágicas
para afastar visitantes indesejados -- levando a coisa a sério!Por meio de
tentativa e erro, você e seu filho vão descobrir um jeito de ajudá-lo a ter
mais sensação de poder e de controle sobre as coisas que o assustam.
O
que os pais não devem fazer:
- Não assuste seu filho com histórias
de ogros, fantasmas, bruxas, etc., principalmente antes de dormir. Você tem que
dizer-lhe que esses personagens somente existem nos contos e filmes.
- Não ria dos temores que seu filho
expressa. Se o ridiculariza ou zomba do seu medo, diminuirá sua confiança.
Frases como: “não seja bobo”, “crianças como você não devem ter medo disso”, ou
“ não tem vergonha de ter esses medos...”, não contribuirão para diminuir o
temor que ele sente. Pelo contrário, o desanimará a compartilhar seus temores
contigo.
- Não transmita mais medo ao seu filho
do que ele já tem. Ele necessita ter segurança e confiança. Não ignore seus
medos. Não minta, por exemplo, dizendo-lhe que uma injeção não doerá ou algo
parecido. Se mente sobre uma situação de medo, produzirá mais temor. Ajude-o a
preparar-se para enfrentar a situação com verdade e honestidade. Se seu filho
tem medo de ir ao colégio, ouça suas razões, leve-o à escola, visite e mostre
sua sala de aula e diga-lhe o quanto irá aprender ali.
- Não obrigue seu filho a passar por
situações que ele tem medo. Os medos não se superam enfrentando-se a situação
de uma vez por todas. Em lugar de ajudar, algumas vezes isso intensifica o
medo. Seu filho tem o direito de acostumar-se pouco a pouco com a situação que
ele teme. Não o obrigue ver um filme do qual ele tem medo, ou que acaricie um
cachorro que ele não gosta.
- Não transmita seus temores pessoais
ao seu filho. Se você tem medo de aranhas, seu filho pode sentí-lo. A forma
como você enfrenta seus próprios medos dará ao seu filho o padrão a seguir para
enfrentar situações similares.
Se o medo de seu filho interfere
rotineiramente nas atividades normais -- ele não lava o cabelo porque tem medo
de água ou não quer ir brincar lá fora porque acha os cachorros assustadores --converse
com o pediatra. A criança pode estar sofrendo de algum tipo de fobia ou um
problema de ansiedade. Também é bom procurar o conselho do médico se seu filho
fica aterrorizado a ponto de não conseguir ser acalmado.
Em breve postarei mais dicas sobre atividades estimulantes e muito mais!
Quer ficar por dentro acesse
www.facebook.com/PriscilaOliveiraPsicopedagogaInfantil
www.facebook.com/PriscilaOliveiraPsicopedagogaInfantil
Pedagoga, Psicopedagoga Clínica e Institucional, Especializada em Estimulação de zero aos três anos pela Little Genius e UNIAPAE e colunista do Blog Da Fertilidade à Maternidade.
Blog Da Fertilidade à Maternidade
P.S.: Gostou do post, então compartilha :), mas se for copiar cite a fonte, com link e a autora. É mais justo com quem pesquisa e escreve sobre o assunto para tentar ajudar. Obrigada, Alê
* As informações disponíveis são meramente informativas, os comentários respostas são informações leigas e não substituem a Consulta Médica!
Ótimas dicas. Os sentimentos das crianças são reais e precisamos respeitá-los e saber lidar com eles. Passeio por isso com as minhas filhas, como todas as mães passam, né? Eu usei muito a leitura e desenhos para lidar de forma lúdica. Usei muito a coleção "Quem tem medo?" da Ruth Rocha. Se você quiser dar uma espiada, tem um post lá no blog falando desses livros e das brincadeiras que fizemos: http://inventandocomamamae.blogspot.com.br/2009/08/medo.html
ResponderExcluirbeijos
Chris
Vejo crianças que não tem medo de monstros ou de escuro, mas por outro lado são inseguros, choram com facilidade, só gritam. E por isso eu acho que e o assunto inteligência emocional é ainda mais complexo.
ResponderExcluirAdorei as dicas, e super importante saber como ajudar nossos filhos ainda mais com esse assunto que e tão delicado, passar segurança e fundamental com muito amor!
ResponderExcluirBeijos
Gleysa
www.mamaeursa.com