"Amor de Mãe" estreou e trouxe um assunto à tona que ainda é muito pouco abordado, a perda gestacional. Não cheguei a assistir, mas me chamou muito a atenção uma postagem de uma amiga falando sobre isso no Facebook.
Acho que ela descreveu em palavras o que todas nós, mães de anjos, muitas vezes, não conseguimos expressar. Então pedi autorização dela para dividir com vocês aqui. Acredito que pode ajudar muitas outras pessoas, assim como me ajudou, e precisamos falar sobre isso de forma mais aberta, como a Flávia coloca muito bem no seu texto.
"Não sou militante... apenas sou mãe... tenho visto nas redes sociais no dia de hj muitos comentários em relação as cenas da nova novela da Globo que relata a perda gestacional.
Como mãe.... como mãe que sofreu está perda, venho dizer a todos os que lerem este texto que é muito importante falar sobre este tema.
Ele é perene na nossa vida!
Temos mães e pais passarem por está dor diariamente. Temos de começar a falar abertamente e preparar os profissionais que fazem parte da rede de atendimento, os familiares, os amigos, ... para que sejam apoiadores dessas famílias.
Vocês não sabem o quanto é bom falar de nossos filhos.
Lembro de ter ouvido a seguinte frase "mãezinha não há mais batimentos cardíacos" e paralisar. De estar com a mala pronta da maternidade e ter de separar uma roupa para o sepultamento... de entrar grávida e plena e sair sangrando e vazia do hospital.
E esses sentimentos não mudaram mesmo eu tendo uma filha em casa esperando por mim.
Entrei mãe no hospital e sai vazia!
Apesar de quase oito anos terem passado, de dois arco íris terem vindo alegrar nossas vidas... Lembro todos os dias do nosso bebê... do nosso Lorenzo...
De acordar na sala pós parto com a enfermeira com ele nos braços pedindo se queria vê-lo, grogue ainda e sem entender que aquele bebê perfeito e lindo não ia para casa comigo.
Parece piegas... mimimi... mas não é... a dor é tão imensurável que não tem nome...
E para aqueles que ainda pensam que um filho substitui o outro peço para fazerem mentalmente essa escolha e ver se é possível.
Ou para aquele que diz que era tão pequeninho... pior se fosse maior... saiba que cada um carrega a sua maneira a dor daquilo que viveu e/ou queria ter vivido.
E que mais vale um abraço, uma escuta que qualquer palavra ou frase!
Saiba que acordo e durmo pensando no meu bebê.
E as mães e pais que passam por essa dor... saibam que tem sim um outro dia... basta que a empatia se estabeleça... Não deixaremos de sentir, mas podemos sobreviver... sem o mesmo sorriso e vitalidade... mas seguimos em frente.
Quem precisar dessa empatia... estou aqui... apesar de ainda sentir profundamente ainda a dor. No decorrer do processo de sobrevivência tive ajuda de pessoas especiais que tbm, como eu, estavam partidas... mais souberam e se permitiram compartilhar e apoiar.
A DOR DE UMA É A DOR DE TODAS
#perdagestacional #mãesdeanjo #mãesenlutadas
A quem precisa estou aqui!
E obrigada por começarem a dar a vida as nossas vozes....."
Por Flávia Figueiredo
A quem precisar também estou aqui! #empatia
Alê Nunes
Blog Da Fertilidade à Maternidade
P.S.: Gostou do post, então compartilha :), mas se for copiar cite a fonte, com link e a autora. É mais justo com quem pesquisa e escreve sobre o assunto para tentar ajudar. Obrigada, Alê
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